quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Declaração contra o Racismo em Defesa das Políticas de Ação Afirmativa



Encontram-se para análise e deliberação na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania - CCJ do Senado Federal o Projeto de Lei da Câmara (PLC) nr. 180 de 2008, de autoria da Deputada Nice Lobão com parecer favorável da relatora Senadora Serys Slhessarenko. O projeto dispõe sobre sistema de cotas para ingresso nas universidades federais e estaduais e nas instituições federais de ensino técnico de nível médio. Trata-se de um debate necessário, no qual a sociedade brasileira espera que o Senado tenha o discernimento necessário para reafirmar escolhas históricas que o Brasil começou e precisa continuar a fazer.

ESCOLA SEM RACISMO, UMA UTOPIA

A questão educacional dos negros no Brasil transformou-se em questão de “luta”, visto que a própria história nos apresenta a falta de políticas educacionais governamentais.Então podemos dizer que a exclusão e o abandono educacional foram os pontos principais que contribuíram para a desigualdade e o racismo social.

Desde o século XIX que a elite desejou reconstruir uma nova nação e implantou estratégias de desenvolvimento,dentre elas, a “instrução pública” em diversas províncias. O povo deveria aprender as letras, freqüentar escolas, mas, os africanos escravizados não teriam esse direito (aprender a ler e escrever).

Escolarização

    No Brasil, levando-se em conta as taxas de escolarização por grupos de idade e cor, alguns aspectos chamam a atenção.
    Independente do grupo de cor e da região do país, pode-se dizer que praticamente toda a população de 7 a 14 anos de idade estava na escola em 2002. Porém, de uma maneira geral, as taxas de escolarização para os demais grupos de idade foram maiores para a população branca quando comparada à preta e parda.
    Ao se avaliar o nível de ensino freqüentado por pessoas com 15 anos ou mais de idade, fica mais evidente o grau de desigualdade de acordo com a cor.