quinta-feira, 25 de novembro de 2010

ESCOLA SEM RACISMO, UMA UTOPIA

A questão educacional dos negros no Brasil transformou-se em questão de “luta”, visto que a própria história nos apresenta a falta de políticas educacionais governamentais.Então podemos dizer que a exclusão e o abandono educacional foram os pontos principais que contribuíram para a desigualdade e o racismo social.

Desde o século XIX que a elite desejou reconstruir uma nova nação e implantou estratégias de desenvolvimento,dentre elas, a “instrução pública” em diversas províncias. O povo deveria aprender as letras, freqüentar escolas, mas, os africanos escravizados não teriam esse direito (aprender a ler e escrever).

A alguns escravos privilegiados cabia o direito – se pertencesse à fazenda de padres jesuítas – de seus filhos irem à escola para aprenderem a catequese e as primeiras letras, entretanto, não se podia desejar estudos de instrução média e superior.

Como dá pra perceber, a instrução era na verdade a “modelação moral” de acordo com as normas sociais.

A instrução estava direcionada para a sociedade, entretanto, negros não faziam parte de grupo social, logo, deveriam ficar excluídos. Cursos noturnos foram implantados, com o objetivo de preparar o cidadão para o trabalho (final do século XIX) para a moralidade, para a liberdade, para o progresso, etc.

Foram muitos anos de exclusão e de dificuldades para que o negro resgatasse sua identidade. Nos tempos atuais, apesar do grande esforço das entidades negras e da Lei 10.639/03 – sancionada pelo Presidente Lula – que permite a quebra de paradigmas vinculados à escola, propiciando uma nova leitura didática dos professores sobre a identidade do negro e também possibilitando transformações de ações, valores, comportamentos, etc., a discriminação racial ainda se faz fortemente presente.

A resistência da escola particular e a falta de compromisso da escola pública para implantação da lei – morosidade e ações insignificantes em todo país – nos faz perceber que ainda está muito longe a utilização da escola como um espaço de articulação contra desigualdades e iniqüidades raciais.


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