Não há como que em face da exclusão social que atinge a maioria da população brasileira, e que um sentimento de indignação entre os educadores é crescente. Porém por mais contraditório que possa parecer, essa indignação não é a mesma quando nos referi-se ao racismo. Não é tão fácil assim sensibilizar professores e professoras diante da questão racial.
Existem vários motivos que podem determinar esta situação , um deles são as desigualdades raciais que acontecem historicamente na sociedade brasileira, aos poucos, sendo naturalizadas. Esse processo contribuiu para a produção de uma reação perversa entre nós: ao serem pensadas como processos naturais, essas desiguldades tornaram-se imperceptíveis. E mesmo quando as percebemos, muitas vezes não reagimos a elas, pois nosso olhar docente e pedagógico está tão acostumado com essa realidade social e racial na escola, que tendemos a neutralizá-la e não a questionamos.Nós nos acostumamos com a ausência do negro e da negra nos cargos dirigentes e de poder em nossa sociedade e achamos normal vé-los pouco representados na mídia e na escola.
Dentro da lógica da naturalixação das coisas, mesmo quando percebemos a existência das desigualdades e dos conflitos raciais, criamos as mais diversas justificativas para encobri-los.Torna-se comum, no Brasil, especialmente na escola, julgar e tratar uma situação de discriminação racial como questão de ordem socioeconômica, emocional, dificuldade de aprendizagem, intolerância ou como resultado de uma família desestruturada.
Na escola, a naturalização de características socialmente constrídas não contribui em nada na construção de uma pedagogia da diversidade e acaba reforçando os seculares preconceitos contra o negro. Várias pesquisas sobre os mecanismos de discriminação presentes nas práticas pedagógicas têm criticado a exclusão sistemática de temas relativos à história e á cultura negra dos currículos escolares, a maneira estereodipada e preconceituosa com que o negro é apresentado nos livros didáticos e os seus efeitos danosos para a construção da identidade de alunos, alunas e docentes negros.
Por isso professores que desejam sair do lugar do imobilismo no que se refere à questão racial, desnaturalizando as deigualdades raciais e construindo-se como sujeitos que indignam com as práticas discriminatórias, terão que fazer uma avaliação do material didático utilizado quanto à representação do negro. Além disso, precisarão empreender a aterefa de reeducar o seu sentimento de indignação com a desigualdade social já existente, porém numa perspectiva racial.
Escrito por Nilma Lino Gomes
Práticas pedagógicas e questão racial: o tratamento é igual para todos/as?
Por isso professores que desejam sair do lugar do imobilismo no que se refere à questão racial, desnaturalizando as deigualdades raciais e construindo-se como sujeitos que indignam com as práticas discriminatórias, terão que fazer uma avaliação do material didático utilizado quanto à representação do negro. Além disso, precisarão empreender a aterefa de reeducar o seu sentimento de indignação com a desigualdade social já existente, porém numa perspectiva racial.
Escrito por Nilma Lino Gomes
Práticas pedagógicas e questão racial: o tratamento é igual para todos/as?
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